terça-feira, 13 de abril de 2010

Caso Luziânia


Acreditando que tudo está ligado, quero abrir este espaço para falar do caso Luziânia. Faz mais ou menos dois meses que o Basil acompanha o caso de 6 adolescentes que desapareceram misteriosamente. Todos moravam no mesmo bairro, não possuíam antecedentes criminais e sumiram à luz do dia. Foram muitas as especulações: tráfico de órgãos, trabalho escravo, fuga, entre outras.
As famílias sofreram com a falta de notícias e o descaso da polícia. Finalmente, uma chamada no celular atendida e um menino desconfiado conduziram as investigações para o desfecho que todos imaginavam, porém totalmente indesejado.
Todos os meninos receberam uma proposta de fazer um pequeno serviço a fim de receberem uns trocados ... e tragicamente, pagaram com a própria vida.
Necessidade? Coragem própria da adolescência? Inimizade? Falta de cuidado?
Acho que não ...

Um final trágico traçado por Admar de Jesus Santos, um pedreiro de 40 anos que havia sido condenado a 14 anos de prisão por pedofilia em Brasília, mas, após cumprir quatro anos, foi beneficiado pela progressão do regime. Admar atraiu os jovens oferecendo pequenos trabalhos de pedreiro e dinheiro. Segundo a polícia, Admar matou os jovens a pauladas e os enterrou em covas rasas. O acusado foi preso no último sábado (10) em Luziânia, mas foi transferido no domingo (11) para Goiânia, por motivos de segurança ( segurança dele?....porfavorrr!).

Esse caso que nos gera revolta e inconformidade com uma série de medidas, me levando a repensar mais uma vez na injustiça operacionalizada pelo nosso "sentimental" sistema penal brasileiro.

Segundo as informações no site do Senado (www.senado.gov.br), "Admar de Jesus Silva prestou depoimento em Goiânia nesta segunda-feira (12) ao relator e ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, respectivamente os senadores Demostenes Torres (DEM-GO) e Magno Malta (PR - ES), e confessou ter matado todos os garotos após o sexo. Demóstenes disse que Admar pode ser considerado um assassino em série e afirmou que a CPI continuará acompanhando o caso.

- Ele disse que após a relação sexual sentia ódio e nojo. Disse que ouve vozes e que sonha com os crimes - disse Demóstenes à Agência Senado.

O interrogatório foi realizado na Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás. Também participaram do depoimento o presidente da CPI da Pedofilia da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Fábio Souza (PSDB) e o Secretário de Segurança Pública de Goiás, Sérgio Augusto Inácio de Oliveira.A CPI da Pedofilia esteve em Luziânia no curso das investigações. Durante esse período, as mães dos jovens assassinados também foram recebidas pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Em entrevista à Agência Senado, Magno Malta disse que pretende ouvir o juiz responsável pela libertação do acusado e também o psiquiatra que assinou o laudo indicando que o pedreiro necessitava de acompanhamento médico. De acordo com policiais que investigam o caso, Admar teria feito sua primeira vítima poucos dias depois de deixar a prisão.

- Havia laudos que apontavam o risco, que [mostravam ser] este homem um pedófilo perigoso. A libertação dele sem qualquer tipo de assistência permitiu essa desgraça - disse Magno Malta.

A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) acredita que o desfecho do caso em Luziânia poderia ter sido outro, caso projeto de autoria dela que propõe a divulgação on line de informações sobre pedófilos após sua libertação da cadeia, já estivesse em vigor.

A proposta da senadora Marisa Serrano (PLS 338/2009) determina que qualquer pessoa pode ter acesso a informações do criminoso como nome completo, endereço de casa, local de trabalho ou estudo, crime pelo qual foi condenado e fotografia. Esses dados devem ser fornecidos pelo próprio pedófilo, caso contrário, ele poderá ser preso novamente pelo período de 1 a 2 anos e terá de pagar multa. As informações ficarão disponíveis em site governamental.
A parlamentar ressaltou que a ideia é dotar o Brasil de recurso de defesa social já usado com sucesso nos Estados Unidos.
- O objetivo é simples: permitir aos pais tomar conhecimento da existência de pedófilos condenados residindo próximo à sua própria residência ou à escola de seus filhos, com a possibilidade de identificá-los fisicamente - afirmou Marisa.
A proposta já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e agora aguardo o relatório na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa."

Aproveito aqui para prestar o meu apoio ao projeto "Todos contra a pedofilia". Maiores informações no site oficial da campanha:

http://www.todoscontraapedofilia.com.br/site/

Crimes como esse, nos faz levantar novamente questões como pena de morte ou castração quimica ... porém, a violência está no coração do homem! Quanto mais o homem e a sociedade se afasta de Deus, mais caminhamos para a realidade de uma sociedade insegura, violenta, confusa, depressiva e infeliz.

Deixo aqui meus sentimentos às famílias dos garotos ...

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